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  • O Programa Mulheres Mil terá um estande em Brasília na Semana Nacional de Ciência e Tecnologia, evento que se realiza em 540 cidades de todo o país, a partir desta quarta-feira, 19, até domingo, 23 de outubro. De acordo com a coordenadora do Centro Nacional de Referência do programa, Jane Christina Pereira, o objetivo da participação é divulgar as ações do Mulheres Mil e sensibilizar o público visitante para a questão de gênero.

    Um manequim com um coração no lugar da cabeça destaca textos de mulheres atendidas pelo Mulheres Mil. Os textos, fixados com elásticos pretos, formam uma teia que Jane interpreta como teia de possibilidades, devido a ações de formação e de capacitação que o Mulheres Mil oferece às mulheres que atende e acolhe, todas em situação de vulnerabilidade social.

    “Quando você está desempregada as pessoas meio que te esquecem, não lembram de você, não te respeitam”, diz uma das frases expostas na instalação. As frases foram retiradas de livros que descrevem ações do programa e que procurm dar voz a pessoas atendidas.

    Capacitação – O Programa Mulheres Mil tem o objetivo de capacitar mulheres em todo o país, por intermédio dos institutos federais de educação, ciência e tecnologia e várias outras instituições parceiras. Atualmente, está em implantação, ou já em funcionamento, em 100 unidades dos institutos.

    Assessoria de Imprensa da Setec, com informações da Assessoria de Imprensa do Instituto Federal de Brasília

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  • Gestores dos 13 projetos do Programa Mulheres Mil estão reunidos, em Brasília, para compartilhar as experiências desenvolvidas no processo de implantação da ação nos estados. Coordenado pela Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica (Setec) do Ministério da Educação, em parceria com a Associação dos Colleges Canadenses, a meta do projeto piloto era beneficiar 1 mil mulheres das regiões Norte e Nordeste.

    De 2008, quando começou a oferta das qualificações, até hoje, o projeto qualificou mais de 700 mulheres e está contribuindo para a inserção das alunas no mundo do trabalho, por meio de empregos formais, organização de empreendimentos individuais e criação de cooperativas.

    Rodrigo Torres Lima, coordenador da assessoria internacional da Setec, ressalta que estão sendo realizadas várias ações para garantir a institucionalização e a ampliação do projeto, entre elas a criação do Centro de Referência do Mulheres Mil, que ficará responsável pela disseminação das metodologias e treinamento dos profissionais da rede federal.

    “O encontro vai proporcionar, a partir da troca das experiências, a sistematização do método de acesso, permanência e êxito, desenvolvido pelo Brasil em parceria com Canadá”, prevê Torres.

    Inovando o processo de acesso, as alunas foram selecionadas nas próprias comunidades e o ingresso nos institutos federais está sendo regularizado por meio de editais de seleção, que têm como critérios a vulnerabilidade educacional e econômica das beneficiadas.

    Outra inovação foi a criação de cursos de qualificação profissional, sintonizados com o potencial econômico da região e as experiências profissionais das alunas, que são avaliadas e certificadas com as metodologias de avaliação e reconhecimento da aprendizagem prévia (Arap), repassada pelos colleges canadenses.

    Atualmente, estão sendo oferecidos cursos nas áreas de turismo (camareira), alimentos, artesanato, saúde (cuidador de idoso), processamento de alimentos e pesca (beneficiamento de marisco) e corte e costura. Além da qualificação, foram celebradas parcerias com as secretarias de educação dos estados para a oferta de alfabetização e ensino fundamental.

    O encontro prossegue até esta sexta-feira, 27, quando será finalizada a elaboração de um documento base que vai orientar a implantação dos projetos nos demais institutos federais.

    Assessoria de Imprensa da Setec  


    Mais informações sobre o projeto Mulheres Mil
  • Florianópolis — O programa Mulheres Mil do Ministério da Educação esteve representado no 2° Fórum Mundial de Educação Profissional e Tecnológica, que termina nesta sexta-feira, 1º de junho, na capital catarinense. Aluna do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Norte de Minas Gerais, Maria Teresinha Dutra Neres, 50 anos, e outras seis beneficiárias do programa em Minas expuseram trabalhos de pintura em tecidos, cerâmica e vidro.

    Aos 71 anos de idade, a catadora Maria Alves Miranda, de Rio Branco, Acre, faz parte de um grupo de beneficiárias do programa que expôs e vendeu produtos como bombons feitos a partir de frutas da região amazônica e peças artesanais.

    Maria Teresinha, que nunca saíra de Minas — e poucas vezes de sua cidade, Araçuaí —, relata que a experiência no Mulheres Mil foi gratificante. “Com o programa, melhorei profissionalmente, emocionalmente e socialmente”, disse. “Encontrei calor humano.”

    A acriana Maria Miranda também destaca a importância do programa em sua vida. No Instituto Federal do Acre ela frequenta o curso de promotor de vendas. “Estou muito feliz, aprendendo muita coisa”, afirmou.

    O programa Mulheres Mil foi criado para permitir o acesso de mulheres em situação de vulnerabilidade social à educação profissional, ao emprego e à renda.

    Automação — Estudantes de engenharia da Universidade Federal de Santa Catarina apresentaram um robô, um quadricóptero controlado com o movimento dos braços a partir de uma câmera, e projetos de aerodesign que chamaram a atenção do público durante o fórum.  O quadricóptero é uma espécie de aeronave, com quatro hélices. Um dos estudantes integrou o comando da aeronave a uma câmera com sensor usada em videogames. “Ela captura o movimento dos braços e o traduz para o robô”, explica Ebraim Samer, doutorando na área de controle e automação de sistemas mecânicos.

    Os estudantes também exibiram um aeromodelo desenvolvido para uso pela polícia. Com uma câmera acoplada, a aeronave pode sobrevoar ambientes de risco e enviar imagens. O percurso pode ser programado, o que dispensa instrumento para controle a distância. Dessa forma, o equipamento pode ser usado em zonas de fronteira, por exemplo.

    Até quinta-feira, 31 de maio, 15.713 pessoas tinham visitado o fórum.

    Danilo Almeida
  • Assessores internacionais da Rede Federal de Educação Profissional e Tecnológica estarão reunidos em Brasília, a partir desta segunda-feira, 29, até 3 de dezembro, para o curso de estratégias de cooperação e relações internacionais, promovido pela Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica (Setec) do Ministério da Educação. Com o objetivo de incentivar políticas voltadas para a internacionalização das ações da rede, serão dadas orientações para elaborar e gerenciar projetos de cooperação, além de diretrizes para o estabelecimento de parcerias com outros órgãos nacionais e estrangeiros.

    “Apesar de alguns institutos federais já possuírem um longo histórico de ações internacionais, grande parte da rede federal ainda está em um processo de estruturação das suas assessorias internacionais”, afirma Rodrigo Torres, assessor internacional da Setec.

    Ações– Vários projetos internacionais estão em curso na rede federal. Um dos destaques é o Mulheres Mil – Educação, Cidadania e Desenvolvimento Sustentável, que objetiva a inclusão de 1 mil mulheres em situação de vulnerabilidade social nas regiões Norte e Nordeste do país. Em outubro deste ano, foram assinados mais de 40 convênios entre institutos federais de todo o Brasil e os Colleges Canadenses, parceiros do projeto.  Os convênios permitirão aos estudantes da rede federal a oportunidade de fazer intercâmbio em escolas técnicas canadenses.

    Recentemente, outra parceria, desta vez com a França, foi estabelecida com o objetivo de promover projetos nas áreas de indústria aeronáutica, automotiva e eletrônica, de saúde pública e assistência social, turismo, hotelaria e gastronomia.

    Danilo Almeida
  • Cindy Andrews e Sylvain Benoit, do College Mont’Morency, do Canadá, estão em Salvador realizando o seminário “Elaboração e oferta de programas de capacitação de curta duração em turismo e hospitalidade”, para os gestores do programa Mulheres Mil que executam projetos na área. A capacitação começou nesta segunda-feira, 18, e prossegue até sexta-feira, 22.


    A ação faz parte da parceria entre a Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica (Setec), do Ministério da Educação, e a Associação Comunitária dos Colleges Canadenses (ACCC) para a implantação do programa no Brasil. Com experiência na oferta de qualificação profissional para populações de baixa renda, os canadenses estão repassando as metodologias usadas nas suas instituições para promover a capacitação e a inserção dessas populações no mercado de trabalho.


    Participam da capacitação Nancy dos Anjos, gestora de Transformação, Cidadania e Renda, em Manaus, Sarah Virgínia e Aurineide Meneses, da equipe de Mulheres de Fortaleza, no Ceará, e Regina Lovatti, do projeto Um Tour em novos Horizontes, em Salvador.


    Nos três estados, estão sendo beneficiadas cerca de 360 mulheres com formação profissional na área de turismo.

    Assessoria de Imprensa da Setec


    Saiba mais no sítio do Mulheres Mil.

  • Estudantes da Rede Federal de Educação Profissional e Tecnológica terão a oportunidade de fazer intercâmbio em escolas técnicas canadenses graças a um convênio assinado entre o Conselho Nacional das Instituições da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica (Conif) e a Association of Canadian Community Colleges (ACCC).

    A assinatura ocorreu durante o encontro Brasil-Canadá, que termina nesta sexta-feira, 8, no Rio de Janeiro. Turismo, gastronomia, agricultura, aeronáutica, telecomunicações e meio ambiente se destacam como áreas de interesse canadense. As instituições terão autonomia para assinatura de termos de cooperação entre si e promover o intercâmbio de alunos.

    A rede conta com 38 institutos federais de educação, ciência e tecnologia, presentes em todas as unidades da federação, e dois centros federais de educação tecnológica (Cefets), sendo um em Minas Gerais e outro no Rio de Janeiro, além da Universidade Tecnológica Federal do Paraná e escolas técnicas vinculadas a universidades.

    Evento – No encontro ocorreram palestras, debates e visitas técnicas, com o objetivo de aprofundar a integração das escolas federais de educação profissional com os community colleges do Canadá. Além disso, também foi abordada a expansão do projeto Mulheres Mil para todo o país, parceria do Ministério da Educação com instituições de ensino canadenses.

    Danilo Almeida
  • Aproximadamente 40% das alunas que concluíram cursos de capacitação do programa Mulheres Mil atuam de forma autônoma, com confecção e comercialização de produtos. Enquanto isso, 20% estão inseridas no mercado de trabalho, com vínculo empregatício — das 395 mulheres certificadas, 83 trabalham em empresas diversas.

    Em Sergipe, um grupo de ex-alunas decidiu trabalhar por conta própria, com a confecção artesanal de almofadas, roupas de cama e colares. Da mesma forma, no Maranhão, mulheres capacitadas pelo programa produzem e comercializam doces e salgados.  

    Implantado pela Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica (Setec) do Ministério da Educação, em parceria com a Associação dos Colleges (universidades) Comunitários Canadenses, o programa tem como público-alvo mulheres de 18 a 60 anos. Elas passam por qualificação nas áreas de alimentos, corte e costura, artesanato, processamento de frutas e beneficiamento do couro de tilápia. Aprendem também a trabalhar como camareiras.

    Para garantir a inserção no mercado, os institutos federais de educação, ciência e tecnologia executores do programa promovem diversas ações. Em Fortaleza, o instituto do Ceará celebrou parceria com a Associação Brasileira da Indústria de Hotéis do Ceará (Abih-CE) para a abertura de vagas de estágio. “Isso possibilita a elas o contato com a rotina do trabalho de camareira e facilita a contratação”, destaca Sarah Ribeiro, gestora do projeto na capital cearense.

    Em Aracaju, a gestora Nara Vieira articula com a prefeitura a cessão de barraca para que as mulheres formadas em artesanato possam comercializar seus produtos.

    A primeira iniciativa para a formação de uma associação de produção das alunas está sendo organizada no Piauí. Com a assessoria técnica do instituto federal do estado, as alunas vão produzir e comercializar peças de decoração com tecidos.

    Para reforçar as estratégias de inclusão das mulheres no mundo do trabalho, gestores dos projetos em 13 estados participam de oficinas com professores canadenses.

    Mais informações sobre o Mulheres Mil na página eletrônica do programa.

    Assessoria de Imprensa da Setec
  • Os cursos do programa abrangem a formação inicial e continuada (FIC) ou qualificação profissional e cursos técnicos

  • Estão definidos os cem câmpus da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica que se tornarão núcleos do programa Mulheres Mil, que tem como objetivo promover a emancipação social, econômica e elevar a escolaridade de brasileiras em situação de vulnerabilidade social.

    Os critérios utilizados para a escolha dos municípios atendidos pelo programa foram: localização em Territórios da Cidadania (formados por regiões de baixo índice de desenvolvimento humano [IDH], com semelhantes características econômicas e culturais) e disponibilidade para instalação do escritório de acesso, onde as beneficiárias seriam assistidas. Cada um dos cem câmpus receberá R$ 100 mil para implementar o programa nas comunidades que serão atendidas.

    A meta do programa é atingir 10 mil matrículas até o final deste ano e 100 mil até 2014. Somam-se a esses novos núcleos os 13 já existentes do projeto-piloto do programa, o que totaliza 113 comunidades que serão atendidas pela política que também integra o programa Brasil Sem Miséria, do Governo Federal.

    Os novos núcleos do programa estão assim distribuídos: 32 na região Nordeste, 18 no Norte, 20 na região Sudeste e mais 18 no Sul, além de 12 localidades no Centro-Oeste.

    Patrícia Barcelos, diretora de integração das redes de educação profissional, destaca a implantação de uma nova metodologia de formação nos institutos federais de educação, ciência e tecnologia. “A expectativa é de implementar a nova metodologia do programa nos câmpus dos institutos federais, além de promover a inclusão social de mulheres em vulnerabilidade social e trabalhar com a lógica de melhoria da renda e desenvolvimento do ensino nas comunidades atendidas”, afirma.

    Os 200 gestores dos novos núcleos do programa participam de curso de formação, em Brasília, onde são apresentados à metodologia do programa (sistema de acesso, permanência e êxito, metodologia de avaliação, entre outros). Cada um trabalhará em uma comunidade com perfil diferente, muitas vezes em um mesmo estado.

    É o caso de Roraima, onde serão beneficiárias do programa mulheres de assentamentos rurais de cinco municípios (Caracaraí, Rorainópolis, São João da Baliza, São Luís do Anauá e Caroebe). De acordo com Juliano Jonas de Melo, coordenador de extensão do campus Novo Paraíso, do Instituto Federal de Roraima, parte do curso será realizado nas próprias comunidades, com foco em formação ligada à área de alimentos e à agricultura. “Queremos promover condições para a melhoria da gestão das pequenas propriedades rurais pelas mulheres beneficiárias”, disse.

    Em Amajari, também em Roraima, as beneficiárias serão mulheres indígenas das diversas etnias que compõem parte da população local. A socióloga Adeline Carneiro Farias, que será gestora do programa no campus Amajarí do instituto, explica que a demanda por formação surgiu a partir das próprias comunidades indígenas, que hoje sofrem com o êxodo de seus membros. “Se potencializarmos os saberes das mulheres daquelas comunidades, poderemos fortalecer o mercado local e gerar renda para combater o êxodo não só das mulheres, como de toda família”, ressalta. 

    Parceria – Em 2007, uma parceria da Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica (Setec) do MEC com instituições canadenses implantou projetos-piloto do programa em 13 institutos federais. Desde então, cerca de 1.200 mulheres já foram beneficiadas com cursos profissionalizantes em áreas como turismo e hospitalidade, gastronomia, artesanato, confecção e processamento de alimentos.

    Danilo Almeida

    Confira a lista de câmpus selecionados



  • Gestoras dos institutos federais das regiões Norte, Nordeste e Sul participaram, em 25 de outubro, em Brasília, de um encontro para discutir o processo de institucionalização do Programa Mulheres Mil na rede federal de educação profissional, científica e tecnológica. Após a apresentação do histórico de atividades já realizadas pela Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica (Setec) do MEC, elas ratificaram a importância do programa e seu apoio ao projeto.

    Participaram do encontro as titulares dos institutos federais do Acre (Ifac), Marialva Almeida; de Roraima (IFRR), Sandra Botelho; do Sertão Pernambucano (IF Sertão-PE), Maria Leopoldina Camelo; Farroupilha (IF Farroupilha), Carla Jardim; Catarinense (IFC), Sônia Fernandes; e de Santa Catarina (IFSC), Maria Clara Schneider.

    Paralelamente ao evento, foi realizada, de 25 a 27 de outubro, a segunda reunião do grupo de trabalho da Portaria nº 17, de 19 de maio de 2017, para a proposição de diretrizes, mecanismos e procedimentos referentes ao processo de institucionalização do Programa Nacional Mulheres Mil, no âmbito da rede federal. O encontro teve como finalidade discutir formas de contribuir para a oferta permanente de qualificação profissional para mulheres em situação de vulnerabilidade social de todo o país, finalizando as atividades previstas com base nos elementos do planejamento estratégico do programa.

    Além dos integrantes do grupo de trabalho da Portaria nº 17, participaram da segunda reunião Deise Rocha, servidora do Instituto Federal do Maranhão (IFMA), e Weber Tavares, coordenador do Fórum de Desenvolvimento Institucional do Instituto Federal de Goiás (IFG).

    Mulheres Mil — O programa atua na inclusão educacional e produtiva de mulheres em situação de vulnerabilidade social. Além do módulo profissional, a ação contempla práticas de elevação da autoestima feminina e abordagem de temas transversais, como saúde e direitos da mulher, cidadania, inclusão digital, empreendedorismo, segurança alimentar e responsabilidade ambiental.

    Assessoria de Comunicação Social

     

  • Mulheres de várias comunidades indígenas dos arredores do campus do Instituto Federal de Roraima participam do curso (Foto: Acervo do Instituto Federal de Roraima)Amajari (RR) – Cem mulheres de comunidades indígenas localizadas no entorno do município de Amajari (RR) farão um curso de operador de beneficiamento de frutas e hortaliças, promovido pelo programa Mulheres Mil. O curso terá a duração de seis meses com aulas realizadas duas vezes por semana, com foco principal na produção de molho de pimenta a partir de receitas indígenas, às quais será agregado o devido conhecimento técnico.

    Com o objetivo de conscientizar as futuras alunas da oportunidade de melhorar suas vidas, as de suas famílias e de suas comunidades, o campus Amajari do Instituto de Educação, Ciência e Tecnologia de Roraima realizou uma reunião com as mulheres inscritas, quando foram apresentados os componentes curriculares do curso. Elas também tiveram oportunidade de assistir o vídeo institucional Eu tenho um sonho, que apresenta as experiências exitosas em andamento nas regiões Norte e Nordeste do país, com depoimentos de gestores, professores, alunas e seus familiares.

    “É importante que elas se conscientizem que fazem parte de um grande programa nacional e que há várias mulheres, em condições semelhantes às delas, que aproveitaram essa oportunidade e hoje têm uma condição de vida mais favorável”, observou Adeline Farias, coordenadora do programa.

    Participaram da reunião mulheres vindas das comunidades indígenas do Aningal, Cajueiro, Guariba, Juraci, Mangueira, Mutamba, Ouro, Santa Inês, Três Corações e Urucuri, todas localizadas no entorno do município de Amajari.

    Alcinéia Peres, da comunidade indígena Três Corações, vê no programa uma oportunidade indispensável para melhorar a vida da sua família. “Tenho cinco filhos, todos matriculados na escola e só a renda do meu marido não tem sido suficiente para todas as despesas. Gosto de trabalhar com a terra, temos uma horta em casa para consumo próprio, mas a partir desse curso, poderei começar a comercializar e aumentar a renda da família”, comemorou.

    Assessoria de Imprensa do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Roraima
  • Obras no Estádio Nacional de Brasília para a Copa de 2014: profissionais de diversas áreas ligadas ao evento começam a ser preparados em variados cursos oferecidos pelos institutos federais (foto: www.achabrasilia.com/)Com a proximidade da Copa do Mundo de 2014, que será realizada no Brasil, em 12 cidades-sede, os institutos federais de educação, ciência e tecnologia começam a oferecer programas e cursos de capacitação em idiomas estrangeiros e em áreas que terão grande demanda, como serviços, turismo e hospitalidade, entre outras. Brasília, Rio de Janeiro, São Paulo, Belo Horizonte, Porto Alegre, Cuiabá, Curitiba, Fortaleza, Manaus, Natal, Recife e Salvador são as cidades que vão receber jogos do Mundial.

    Em Brasília, o Instituto Federal promove cursos de formação inicial e continuada em línguas estrangeiras. Parceria firmada pelo instituto com o Governo do Distrito Federal prevê a formação dos brasilienses também em outras áreas, como a de serviços e de construção civil. Depois de trabalhar durante a Copa do Mundo, esses profissionais estarão preparados para ocupar vagas no mercado de trabalho local.   

    No Rio Grande do Sul, mil mulheres passarão por cursos de capacitação em hospitalidade e turismo para atuar durante o Mundial. O curso faz parte do programa Instituto Federal na Copa, que terá como executores os institutos federais do estado.

    O acordo de cooperação técnica foi firmado em Brasília, no dia 6 último, pela Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica (Setec) do Ministério da Educação e as secretarias gaúchas de Políticas para as Mulheres e de Esportes e Lazer. “O convênio vai aumentar as condições de empregabilidade das mulheres envolvidas no projeto”, disse o secretário de educação profissional e tecnológica do MEC, Eliezer Pacheco. “Será um passo inicial para novos acordos com este e com outros públicos do estado.”

    De acordo com a secretária estadual de Políticas para as Mulheres, Márcia Santana, já foram selecionadas as mil mulheres que vão receber a formação. “São lideranças sociais, que atuarão como multiplicadoras na formação de novas acolhedoras, na recepção aos turistas no período da Copa e no combate ao turismo predatório e sexual”, disse. 

    Mulheres Mil — O MEC e a secretaria gaúcha de Políticas para as Mulheres firmarão convênio também para a qualificação profissional por meio do Mulheres Mil, programa da Setec que atende mulheres em situação de vulnerabilidade social. Para Eliezer Pacheco, os institutos federais podem criar ambiente de acolhimento sustentável para as mulheres que compõem o perfil das pessoas atendidas pelo programa — mães de baixa renda, em situação de risco social e expostas a ambientes violentos. “O acolhimento é essencial, pois elas já perderam muito e está na hora de recuperarem a autoestima em novas condições, com qualificação para o trabalho e com oportunidade de conclusão do ensino fundamental, alfabetização ou ensino médio”, afirmou.

    Assessoria de Imprensa da Setec










  • O Ministério da Educação realizou reunião técnica em Brasília nesta quarta-feira, 22, para definir as ações que serão adotadas a partir de agora para incrementar e ampliar o programa Mulheres Mil. O objetivo é garantir que mulheres em situação de vulnerabilidade participantes do programa se fortaleçam de forma permanente, o que exige o engajamento de instituições responsáveis.

    A coordenadora do programa na Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica (Setec), Jussara Maysa Silva Campos, explica que “o programa deve atuar para a inserção socioprofissional dessas participantes, levando em consideração que a geração de renda é muito importante para as mulheres”. Com a integração a outros programas federais, o Mulheres Mil será fortalecido dentro das instituições, por meio de ações voltadas para a inserção das mulheres no mundo do trabalho.

    Como exemplo, Jussara cita a parceria com o Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae), uma das alternativas estudadas pela Setec. Ao fazer um curso na área de alimentação, essa mulher se torna uma potencial fornecedora do programa, que por lei deve adquirir da agricultura familiar 30% dos alimentos que serão servidos nas escolas.

    As estratégias estão em debate entre gestoras dos institutos federais do Amapá (Ifap), Paraíba (IFPB), Fluminense (IFF), Rio Grande do Sul (IFRS), Norte de Minas Gerais (IFNMG), Alagoas (Ifal), Goiás (IFG), Amazonas (Ifam), Santa Catarina (IFSC), Rio Grande do Norte (IFRN) e da Escola Agrícola de Jundiaí da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN).

    Programa – Formalizado em 2011, com a publicação da Portaria do MEC nº 1.015, de 21 de julho, o programa nacional Mulheres Mil é fruto de um projeto piloto realizado por meio de uma cooperação internacional entre o Brasil e o Canadá desde 2008. Seu objetivo é promover a formação profissional e tecnológica articulada à elevação de escolaridade de mulheres entre 16 e 70 anos em situação de vulnerabilidade econômica e social.

    Estruturado nos eixos educação, cidadania e desenvolvimento sustentável, tem como principais diretrizes: possibilitar o acesso à educação; contribuir para a redução de desigualdades sociais e econômicas de mulheres; promover a inclusão social; defender a igualdade de gênero; e combater a violência contra a mulher.

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    Mulheres em situação de vulnerabilidade contam com 100 mil vagas em programa de capacitação

    Assessoria de Comunicação Social

  • Mais de 100 mil vagas para mulheres brasileiras em situação de vulnerabilidade econômica e social já foram ofertadas pelos cursos de formação inicial e continuada do programa Mulheres Mil em todo o país. Os dados são da Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica (Setec) do Ministério da Educação. Somente entre 2014 e 2016, quando a execução do programa passou a ocorrer por meio do Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec), foram 61,8 mil vagas ofertadas.

    Nesta terça, 21, e quarta-feira, 22, a Setec reúne, em Brasília, gestoras do programa para discutir as estatísticas educacionais e o perfil sociodemográfico das mulheres atendidas. A coordenadora do programa na secretaria, Jussara Maysa Silva Campos, explica que o objetivo é “debater estratégias para a institucionalização da oferta de educação profissional de qualidade e com recorte de gênero, a qual se propõe o programa, e identificar quais são as perspectivas e possibilidades de atendimento das instituições executoras”.

    As gestoras do programa, reunidas em Brasília, discutem a oferta de educação profissional e o cumprimento dos objetivos (Foto: Meiriely Barros/MEC)“É um debate aprofundado do contexto e da abrangência do programa”, diz. “Além disso, queremos enxergar quais são as demandas relacionadas à inserção socioprofissional e, também, das possibilidades de itinerário formativo dessas mulheres.” Participam do encontro gestoras dos Institutos Federais do Amapá (Ifap), Paraíba (IFPB), Fluminense (IFF), Rio Grande do Sul (IFRS), Norte de Minas Gerais (IFNMG), Alagoas (Ifal), Goiás (IFG), Amazonas (Ifam), Santa Catarina (IFSC), Rio Grande do Note (IFRN) e da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN).

    A titular da Setec, Eline Nascimento, disse que a expectativa é de que o grupo de trabalho auxilie com indicações para que o programa Mulheres Mil dê um salto. “Espero que possamos aprimorar a análise situacional com o levantamento dos perfis das mulheres e das instituições ofertantes, fomentando a verticalidade da educação.” O evento se estenderá ao longo de toda esta quarta-feira, 22.

    Números– Outra perspectiva da Setec com o encontro é formalizar a realização de um censo educacional no programa Mulheres Mil. Atualmente, não há nenhuma estatística oficial padronizada sobre sua execução. O pesquisador Gustavo Moraes, do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), órgão responsável pelos censos educacionais, explica que a realização dessas estatísticas é fundamental para a aplicação das políticas públicas.

    “A gente precisa ter a garantia de um processo de coleta, um processo censitário confiável do ponto de vista estatístico. E isso a gente só consegue com um órgão especialista nesse tipo de censo, que, nesse caso, é o Inep”, disse. Gustavo continuou. “Um dos efeitos da análise estatística é a gente conseguir saber, no caso do Mulheres Mil, quantas são, como estão divididas e quem são essas pessoas, para que se tenha maior efetividade; para que a gente possa provar o sucesso do programa e entender como melhorá-lo e, inclusive, conseguir angariar mais recursos para o programa.”

    Segundo levantamento realizado pela Setec, a execução do Mulheres Mil se deu mais fortemente a partir da associação ao Pronatec, em 2013. Os dados da secretaria mostram que o projeto piloto, aplicado entre os anos de 2008 e 2010, teve 348 matrículas. De 2011 a 2013, o programa nacional, como proposto na portaria, teve cerca de 38,4 mil matrículas. Com o Pronatec, de 2014 a 2016 foram atingidas mais de 61,8 mil ofertas, totalizando 100.718 vagas ofertadas.

    Resultados– As representantes do programa Mulheres Mil de Alagoas e da Paraíba aproveitaram o encontro para trazer uma pequena mostra do resultado dos cursos naqueles estados. Em Alagoas, maior ofertante do programa, já foram capacitadas seis mil mulheres em 21 municípios. Entre os produtos gerados, estão exemplos de inserção do tema Segurança Alimentar e Nutricional como um componente curricular específico na matriz curricular, e a produção do livro de receitas Doçuras de Santa Efigênia, referente a um pequeno povoado do município de Capela.

    Da Paraíba, as representantes do programa trouxeram livros sobre a Rede Rizoma e a experiência de dois grupos de mulheres acompanhadas pela Incubadora Tecnológica de Empreendimentos Solidários do IFPB, além de peças de artesanato e biojoias.

    Programa– Formalizado em 2011, com a publicação da Portaria do MEC nº 1.015, de 21 de julho, o programa nacional Mulheres Mil é fruto de um projeto piloto realizado por meio de uma cooperação internacional entre o Brasil e o Canadá desde 2008. Seu objetivo é promover a formação profissional e tecnológica articulada à elevação de escolaridade de mulheres entre 16 e 70 anos em situação de vulnerabilidade econômica e social.

    Um dos criadores do projeto no Brasil, o professor do IFRN Sérgio França destaca que o Mulheres Mil tem uma metodologia própria, muito complexa, “porque ele tem a sensibilidade de perceber verdadeiramente o que essas mulheres desejam, sonham e querem realizar”. Além disso, o programa enfrenta, na visão dele, um contexto difícil de alcançar. “Ele tem algo especial, que é fazer com que quem não existia, quem não era, comece a ser, comece a pensar ‘eu sou alguém’, ‘eu estou sendo vista, ouvida’. O programa vai aonde ninguém chega”.

    Estruturado nos eixos educação, cidadania e desenvolvimento sustentável, tem como principais diretrizes: possibilitar o acesso à educação; contribuir para a redução de desigualdades sociais e econômicas de mulheres; promover a inclusão social; defender a igualdade de gênero; e combater a violência contra a mulher.

    Assessoria de Comunicação Social



  • Ficha Técnica do Documentário


    Direção
    Helvécio Ratton


    Produção executiva e co-direção
    Simone Magalhães Matos


    Roteiro
    Helvécio Ratton
    Bianca Alves


    Direção de cena e fotografia
    Ricardo Lima


    Música
    André Baptista


    Edição
    Marcelo Santos


    Câmera e steadicam
    Thiago Giovani


    Computação gráfica
    Ronaldo Zenóbio


    Narração
    Mônica Feijó


    Som direto
    Osvaldo Ferreira


    Direção de Produção
    Henrique Cunha


    Coordenação de Produção
    Andrea Queiroga


    Assistente de produção e edição
    Carolina Linares


    Assistente de Edição
    Leo Stoppa


    Estúdio de som
    Aeromusica


    Produção
    Quimera Filmes

  • O Ministério da Educação (MEC) comemora o Dia Internacional da Mulher com resultados cada vez melhores de uma iniciativa que vem mudando a vida de mulheres e pessoas que se identificam como gênero feminino em todo o país. Criado em 2008 para combater a violência e a vulnerabilidade social, o Programa Nacional Mulheres Mil promove a inserção socioprofissional e a equidade de gênero do público alvo, tendo ultrapassado a meta de 100 mil matrículas em 2016. As vagas estão associadas ao Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec).

    Foram cerca de 280 diferentes cursos em 576 municípios. A maioria das ofertas está inserida nos eixos tecnológicos de ambiente de saúde; produção e turismo; e hospitalidades e lazer. Como base nesses números, a Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica (Setec) está trabalhando na institucionalização do programa junto à Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica em todo o país para garantir a oferta permanente de qualificação profissional a mulheres em vulnerabilidade social.

    Dessa forma, o Mulheres Mil terá duas frentes de atuação. A primeira, mais institucional, vai desde a interpretação mais precisa dos dados sobre vulnerabilidade e violência até o acolhimento de egressas dos cursos ofertados. A outra é a oferta de cursos, por meio do Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec), hoje feita por meio das secretarias estaduais de educação.

    Autoestima – Para a secretária de Educação Profissional e Tecnológica do MEC, Eline Nascimento, a iniciativa tem o importante papel de ajudar a resgatar a autoestima e a cidadania. “Um desafio de 2017 foi não somente ofertar cursos de qualificação, mas cursos técnicos, porque muitas dessas mulheres não têm o ensino fundamental completo, então não conseguem fazer o técnico”, conta. “A oferta também tem que estar atrelada a um processo de estímulo à volta ao estudo. ”

    A autovalorização e a noção de ter capacidade estão entre as principais conquistas do programa para muitas integrantes, conta Flávia Rabelo, gerente técnica responsável por cursos de formação inicial continuada na Penitenciária Feminina do DF e em outras instituições locais. Ela relata que, no trabalho desenvolvido na unidade prisional, a maioria das presidiárias vê uma oportunidade de crescimento pessoal nos cursos promovidos pelos Mulheres Mil, além de esperança. 

    “A gente utiliza a didática chamada Mapa da Vida, que trabalha a história de vida delas e o autoconhecimento para que se identifiquem como mulheres capazes e possam se desenvolver cada vez mais”, explica. “Por fazermos esse acompanhamento das meninas, juntamente com psicólogos e assistentes sociais, elas se sentem de fato capazes de desenvolver coisas em que que jamais acreditaram. ”  Por meio do programa, completa Flávia, muitas mulheres vão sair da penitenciária com uma profissão: costureira, recepcionista e assistente administrativa, entre outras.

    Internacionalmente, o programa está alinhado com os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (Agenda 2030), conforme explica Eline: “Estamos tentando dar um outro estímulo para o programa e trabalhar dentro da agenda 2030. Ela fala de alguns objetivos como erradicação da pobreza, educação de qualidade, igualdade de gênero e redução de desigualdade”.

    Inclusão – No ano passado, um grupo de seis transexuais de Maceió (AL) participou de um projeto piloto dentro da Turma da Diversidade do Mulheres Mil. A iniciativa pioneira impulsionou a qualificação profissional dessas mulheres, que receberam capacitação no curso de pintura de obras prediais.

    Veja aqui mais informações sobre esse projeto piloto.

    Assessoria de Comunicação Social

  • Cem mil mulheres em situação de risco social serão formadas e inseridas no mercado de trabalho até 2014, prevê o programa Mulheres Mil, que será lançado pelo ministro da Educação, Fernando Haddad, nesta quinta-feira, 11. Implantado inicialmente em 2007, como projeto piloto, por intermédio de 13 institutos federais de educação, ciência e tecnologia, atendeu 1 mil mulheres em 13 estados do Norte e Nordeste. Agora, será efetivado em todo o país.

    A solenidade ocorrerá na sede do Ministério da Educação, em Brasília, às 14h, e contará com a presença das ministras do Desenvolvimento Social, Tereza Campelo, de Políticas Públicas para as Mulheres, Iriny Lopes, e de Direitos Humanos, Maria do Rosário. O novo programa faz parte do Brasil Sem Miséria, do governo federal. Ainda neste ano, 100 campi da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica deverão beneficiar 10 mil mulheres com a aplicação do programa.

    Comunidade– O Mulheres Mil foi implantado em parceria com universidades (colleges) canadenses, com o objetivo de oferecer as bases de uma política social de inclusão e gênero. Com este programa, mulheres em situação de vulnerabilidade social têm acesso à educação profissional, ao emprego e renda. Os projetos locais são ordenados de acordo com as necessidades da comunidade e segundo a vocação econômica regional.

    As beneficiárias do programa são mães solteiras, ou chefes de família, que não tiveram oportunidade de estudar e nem de ser inseridas no mercado formal. Em algumas instituições, chega a 80% o índice de beneficiárias empregadas após participar do projeto piloto. Este é o caso do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Maranhão.

    “Da nossa primeira turma, 21 alunas fizeram estágio e 17 delas foram efetivadas. É um trabalho de formiguinha, a gente vai e procura bares, restaurantes e hotéis e apresenta o projeto para eles”, conta Maria Tereza Fabbro, gestora do programa no estado.

    Maria Rosilda Costa Castro, 38, foi uma das 89 alunas do projeto piloto do Instituto Federal do Maranhão que ingressou no mercado de trabalho. Ela, que agora é empreendedora individual, conta que fazia bolos e salgados para festas de parentes e amigos apenas e, com o programa, isso mudou.

    “A minha vida mudou, desde como divulgar e negociar. Eu queria mostrar meu trabalho, mas tinha vergonha de expor. Fazia bolos e salgados só nas festas de casa”, diz Rosilda. “Foi um incentivo para não me acomodar e querer ter uma vida melhor”, ressalta.

    Dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios de 2009 mostram que, entre 2001 e 2009, o percentual de famílias chefiadas por mulheres aumentou de 27% para 35%, o que representa 22 milhões de famílias. Além disso, 73% das esposas ganham menos que o cônjuge, sendo que mais de 37% delas recebem até 50% dos rendimentos do marido. Além disso, de acordo com o Instituto de Pesquisa Econômica e Aplicada (IPEA), em 2007, dos mais de 9 milhões de trabalhadores à procura de emprego, apenas 1,6 milhão possuíam experiência e qualificação profissional.

    Assessoria de Imprensa da Setec
  • Até esta sexta-feira, 25, os 110 gestores dos novos núcleos do programa Mulheres Mil que serão implantados nas regiões Nordeste e Centro-Oeste participam de capacitação em Brasília. O curso é promovido pela Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica (Setec) do Ministério da Educação.

    Divididos em duas turmas, eles são orientados sobre o modelo de gestão do programa, acesso e permanência no mundo do trabalho, comunicação e disseminação de informação, plano educacional e itinerário formativo, além da metodologia de identificação de saberes utilizada no Mulheres Mil. Em junho, outras duas turmas, com os gestores da política nos campi selecionados no Sudeste, Sul e Norte, passarão pelo mesmo curso.

    Na região de fronteira entre Brasil e Bolívia, o campus de Pontes e Lacerda do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Mato Grosso, trabalhará com uma realidade peculiar, de acordo com as novas gestoras do programa, Maria Helena Moreira e Jucineth Glória. Pontes e Lacerda está a 450 quilômetros da capital do estado, Cuiabá, e muito próxima de cidades bolivianas como San Matias e San Ignacio de Velazco, por exemplo. Muitos moradores locais trabalham em fazendas bolivianas. “A gente entende que o espaço da fronteira engloba a diversidade; os cursos devem ser diferenciados”, destaca Jucineth. “O objetivo é que o campus tente uma proposta de integração.”

    Elas ainda ressaltam que grande parte das futuras beneficiárias do programa na região tem escolaridade muito abaixo do que o mercado de trabalho exige. A proposta das gestoras será, no contexto da realidade local, além da elevação de escolaridade, pensar os cursos de acordo com as necessidades da comunidade local.

    No Nordeste, Ipojuca é um grande polo industrial, portuário e turístico. Em razão de tais características, o campus do Instituto Federal de Pernambuco no município desenvolverá cursos voltados para o estímulo a características locais. A formação ocorrerá nas áreas de empreendedorismo, desenho técnico, turismo e perfumaria.

    “Tentaremos resgatar a cidadania dessas mulheres”, afirma Luciana de Lavor, gestora do programa no campus. Ela ainda ressalta que o instituto federal trabalhará o lado social do programa, não apenas com as beneficiárias diretas. “É importante, ao pensar nas mulheres, lembrar também do restante da família”, disse. “É necessário também mobilizar o companheiro.”

    Experiência – A proposta da capacitação, segundo a coordenadora do Mulheres Mil, Stela Rosa, é formar os novos gestores do programa a partir de experiências anteriores de implantação. Por isso, foram convidados os coordenadores da política na primeira chamada pública para compartilhar a metodologia utilizada em suas localidades.  

    Este é o caso de Jacirene da Silva Oliveira, que participou da primeira capacitação de gestores do programa, em 2011. Esta semana ela está em Brasília para formar servidores da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica que implantarão o programa.

    Coordenadora do Mulheres Mil no campus de Altamira do Instituto Federal do Pará, Jacirene relata as dificuldades que o instituto encontrou para a oferta de formação às moradoras locais. São atendidas 100 mulheres nas áreas rural e urbana do município, em cursos que aliam a elevação de escolaridade à formação profissional em culinária.

    Como forma de combater a evasão, os 12 professores do instituto federal envolvidos no programa vão à comunidade da zona rural duas vezes por semana. São oito quilômetros para chegar ao Rio Xingu, mais 45 minutos de barco e, por fim, mais 27 quilômetros, de carro, até chegar às beneficiárias. As aulas são ministradas durante todo o dia.

    Danilo Almeida
  • Cerca de 300 mulheres de baixa renda voltaram às salas de aula para elevar a escolaridade e qualificar suas habilidades profissionais. Em 2007, o projeto Mulheres Mil iniciou as atividades em doze estados do Norte e Nordeste do Brasil, onde as desigualdades sociais e de gênero são mais fortes. Nesta terça-feira, 14, uma participante de cada estado veio a Brasília para comemorar os efeitos do programa.


    Mulheres Mil: programa tem metodologia adaptada à realidade das alunas (Foto: Wanderley Pessoa)“Verificamos hoje o resultado de um projeto que oferece oportunidade a pessoas que já tinham conhecimento, mas que era desprezado pelo poder público”, disse o ministro Fernando Haddad durante o encontro com as 12 alunas. Para Haddad, a iniciativa permite agregar valor às atividades desenvolvidas pelas mulheres nas suas comunidades.


    Produto da parceria entre o Ministério da Educação e a Associação Comunitária das Universidades (Colleges) Canadenses, o projeto oferece formação educacional e qualificação profissional a mulheres com pouca ou nenhuma escolaridade, a partir da valorização das habilidades que adquiriram ao longo de suas vidas.


    A formação ocorre por meio da aplicação, pelos institutos federais de educação, ciência e tecnologia, de metodologia usada nos colleges canadenses para recuperar e qualificar os conhecimentos de populações desfavorecidas, como os imigrantes e aborígenes. Aqui, a metodologia é adaptada à realidade das alunas, de acordo com as necessidades educacionais e a vocação econômica de cada lugar.


    Mulheres pesqueiras do Rio Grande do Norte trabalham com o beneficiamento do couro da tilápia. As alunas de São Luís participam de capacitação profissional na área de congelamento de alimentos. Em Aracaju, ex-catadoras de lixo formaram uma cooperativa de reciclagem e recebem aulas para aprimorar o trabalho já feito. Ao todo, há um projeto diferente em cada um dos 12 estados participantes (Rio Grande do Norte, Ceará, Pernambuco, Paraíba, Sergipe, Alagoas, Bahia, Maranhão, Piauí, Tocantins, Roraima e Amazonas), de acordo com o perfil educacional e profissional das alunas.


    “É uma injeção de ânimo para elevar a nossa autoestima. A gente se sente capaz de montar nosso próprio negócio, incluídas na sociedade”, diz Francisca das Chagas, aluna do Maranhão presente à comemoração desta tarde.


    A intenção do programa é oferecer formação profissional com elevação da escolaridade a mil mulheres até 2010 e garantir a inserção delas de maneira digna no mercado de trabalho.

    Maria Clara Machado

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